VINHA de lUZ - EMMANUEL - 66 - Inverno
“Procura vir antes do inverno.” — PAULO (II Timóteo, 4.21) Claro que a análise comum deste versículo revelará a prudente recomendação de Paulo de Tarso para que Timóteo não se arriscasse a viajar na estação do frio forte. Na época recuada da epístola, o inverno não oferecia facilidades à navegação. É possível, porém, avançar mais longe, além da letra e acima do problema circunstancial de lugar e tempo. Mobilizemos nossa interpretação espiritual. Quantas almas apenas se recordam da necessidade do encontro com os emissários do Divino Mestre por ocasião do inverno rigoroso do sofrimento? quantas se lembram do Salvador somente em hora de neblina espessa, de tempestade ameaçadora, de gelo pesado e compacto sobre o coração? Em momentos assim, o barco da esperança costuma navegar sem rumo, ao sabor das ondas revoltas. Os nevoeiros ocultam a meta, e tudo, em torno do viajante da vida, tende à desordem ou à desorientação. É indispensável procurar o Amigo Celeste ou aqueles que já se ligaram, definitivamente, ao seu amor, antes dos períodos angustiosos, para que nos instalemos em refúgios de paz e segurança. A disciplina, em tempo de fartura e liberdade, é distinção nas criaturas que a seguem; mas a contenção que nos é imposta, na escassez ou na dificuldade, converte-se em martírio. O aprendiz leal do Cristo não deve marchar no mundo ao sabor de caprichos satisfeitos e, sim, na pauta da temperança e da compreensão. 10 O inverno é imprescindível e útil, como período de prova benéfica e renovação necessária. Procura, todavia, o encontro de tua experiência com Jesus, antes dele. *** VINHA DE LUZ — EMMANUEL - 67 - Adiante de vós “Mas ide dizer a seus discípulos, e a Pedro, que ele vai adiante de vós para a Galileia.” — (MARCOS, 16.7) É raro encontrarmos discípulos decididos à fidelidade sem mescla, nos momentos que a luta supera o âmbito normal. Comumente, em se elevando a experiência para maiores demonstrações de coragem, valor e fé, modifica-se-lhes o ânimo, de imediato. Converte-se a segurança em indecisão, a alegria em desalento. Multipliquem-se os obstáculos e surgirá dolorosa incerteza. Os aprendizes, no entanto, não devem olvidar a sublime promessa do princípio, quando o pastor recompunha o rebanho disperso. Quando os companheiros, depois da Ressurreição, refletiam no futuro, oscilando entre a dúvida e a perplexidade, eis que o Mensageiro do Mestre lhes endereça aviso salutar, assegurando que o Senhor marcharia adiante dos amigos, para a Galileia, onde aguardaria os amados colaboradores, a fim de assentarem as bases profundas do trabalho evangélico no porvir. Não nos cabe esquecer que, nas primeiras providências do apostolado divino, Jesus sempre se adiantou aos companheiros nos testemunhos santificantes. E assim acontece, invariavelmente, no transcurso dos séculos. O Mestre está sempre fazendo o máximo na obra redentora, contando com o esforço dos cooperadores apenas nas particularidades minúsculas do celeste serviço… Não vos entregueis às sombras da indecisão quando permanecerdes sozinhos ou quando o trabalho se agrave na estrada comum. Ide, confiantes e otimistas, às provações salutares ou às tarefas dilacerantes que esperam por nosso concurso e ação. 10 Decerto, não seremos quinhoados por facilidades deliciosas, num mundo onde a ignorância ainda estabelece lamentáveis prisões, mas sigamos felizes no encalço das obrigações que nos competem, conscientes de que Jesus, amoroso e previdente, já seguiu adiante de nós… *** VINHA DE LUZ — EMMANUEL - 68 No campo “O campo é o mundo.” — JESUS (Mateus, 13.38) Jesus tem o seu campo de serviço no mundo inteiro. Nele, naturalmente, como em todo campo de lavoura, há infinito potencial de realizações, com faixas de terra excelente e zonas necessitadas de arrimo, corretivo e proteção. Por vezes, após florestas dadivosas, surgem charcos gigantescos, requisitando drenagem e socorro imediato. Ao lado de montanhas aureoladas de luz, aparecem vales envolvidos em sombra indefinível. Troncos retos alteiam-se, junto de árvores retorcidas; galhos mortos entram em contraste com frondes verdes, repletas de ninhos. A gleba imensa do Cristo reclama trabalhadores devotados, que não demonstrem predileções pessoais por zonas de serviço ou gênero de tarefa. Apresentam-se muitos operários ao Senhor do Trabalho, diariamente, mas os verdadeiros servidores são raros. *** VINHA DE LUZ — EMMANUEL - 69 - No serviço cristão “Nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho.” — (1 Pedro, 5.3) Aos companheiros de Espiritismo cristão cabem tarefas de enormes proporções, junto das almas. Preocupam-nos profundos problemas da fé, transcendentes questões da dor. Porque dão de graça o que por graça recebem, contam com a animosidade dos que vendem os dons divinos; 4 porque procuram a sabedoria espiritual, recebem a gratuita aversão dos que se cristalizam na pequena ciência; 5 porque se preparam em face da vida eterna, desligando-se do egoísmo destruidor, são categorizados como loucos, pelos que se satisfazem na fantasia transitória. Quanto maior, porém, a incompreensão do mundo, mais se deverá intensificar naqueles as noções da responsabilidade. Não falamos aqui dos estudiosos, dos investigadores ou dos observadores simplesmente. 8 Referimo-nos aos que já entenderam a grandeza do auxílio fraternal e a ele se entregavam, de coração voltado para o Cristo. 9 Encontram-se nos círculos de uma experiência nobre demais para ser comentada, mas a responsabilidade que lhes compete é igualmente muito grande para ser definida. A ti, pois, meu irmão, que guardas contigo os interesses de muitas almas, repito as palavras do grande apóstolo, para que jamais te envaideças, nem procedas “como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho”. A maioria dos tarefeiros que se candidatam à obra do Mestre não seguem além do cultivo de certas flores, recuam à frente dos pântanos desprezados, temem os sítios desertos ou se espantam diante da magnitude do serviço, recolhendo-se a longas e ruinosas vacilações ou fugindo das regiões infecciosas. Em algumas ocasiões costumam ser hábeis horticultores ou jardineiros, no entanto, quase sempre repousam nesses títulos e amedrontam-se perante os terrenos agressivos e multiformes. Jesus, todavia, não descansa e prossegue aguardando companheiros para as realizações infinitas, em favor do Reino Celeste na Terra. Reflete nesta verdade e enriquece as tuas qualidades de colaboração, aperfeiçoando-as e intensificando-as nas obras do bem indiscriminado e ininterrupto… É certo que não se improvisa um cooperador para Jesus, entretanto, não te esqueças de trabalhar, dia a dia, na direção do glorioso fim… *** VINHA DE LUZ — EMMANUEL - 70 - Guardemos o ensino “Ponde vós estas palavras em vossos ouvidos.” — JESUS (Lucas, 9.44) Muitos escutam a palavra do Cristo, entretanto, muito pouco são os que colocam a lição nos ouvidos. Não se trata de registrar meros vocábulos e sim fixar apontamentos que devem palpitar no livro do coração. Não se reportava Jesus à letra morta, mas ao verbo criador. Os círculos doutrinários do Cristianismo estão repletos de aprendizes que não sabem atender a esse apelo. 5 Comparecem às atividades espirituais, sintonizando a mente com todas as inquietações inferiores, menos com o Espírito do Cristo. 6 Dobram joelhos, repetem fórmulas verbalistas, concentram-se em si mesmos, todavia, no fundo, atuam em esfera distante do serviço justo. A maioria não pretende ouvir o Senhor e, sim, falar ao Senhor, qual se Jesus desempenhasse simples função de pajem subordinado aos caprichos de cada um. São alunos que procuram subverter a ordem escolar. Pronunciam longas orações, gritam protestos, alinhavam promessas que não podem cumprir. Não estimam ensinamentos. Formulam imposições. E, à maneira de loucos, buscam agir em nome do Cristo. Os resultados não se fazem esperar. O fracasso e a desilusão, a esterilidade e a dor vão chegando devagarinho, acordando a alma dormente para as realidades eternas. Não poucos se revoltam, desencantados… Não se queixem, contudo, senão de si mesmos. “Ponde minhas palavras em vossos ouvidos” disse Jesus. O próprio vento possui uma direção. Teria, pois, o Divino Mestre transmitido alguma lição, ao acaso? *** Agora é o tempo — Emmanuel / Chico Xavier - 1 - Hoje é o tempo. Ontem, foste o que eras. Amanhã, serás o que fizeres de ti. Hoje, porém, és o que és. Por isso mesmo, não te detenhas. Aproveita agora para realizar o bem que deves e já possas fazer. *** Agora é o tempo — Emmanuel - 26 - A prova última. E porque o aprendiz indagasse sobre o currículo dos exames a respeito do aperfeiçoamento da alma, o mentor esclareceu, paciente: — Na Espiritualidade Superior, as avaliações de aproveitamento são muitas. Temos as de paciência, de disciplina, de espírito de serviço e de auxílio aos semelhantes, no entanto, ao que me parece, a última é a mais difícil de todas. E qual é a última? — indagou o discípulo atento. O mentor respondeu em tom decisivo: — A última prova, no aperfeiçoamento de cada um de nós é a humildade. *** Agora é o tempo — Emmanuel - 17 - Cada pessoa. Cada pessoa é aquilo que crê; fala do que gosta; retém o que procura; ensina o que aprende; tem o que dá e vale o que faz. Sempre fácil, portanto, para cada um de nós reconhecer os esquemas de vivência em que nos colocamos. *** Agora é o tempo — Emmanuel - 30 - Ação e caminho. O sentimento cria a ideia. A ideia gera o desejo. O desejo acalentado forma a palavra. A palavra orienta a ação. A ação detona resultados. Os resultados nos traçam o caminho nas áreas infinitas do tempo. Cada criatura permanece na estrada que construiu para si mesma. A escolha é sempre nossa. *** Agora é o tempo — Emmanuel - 39 - Em oração. Peçamos a Jesus nos abençoe e nos ampare. Em nossos caminhos e ações que o Senhor tenha misericórdia de nós. Onde estivermos e com quem estejamos, que o Senhor nos conceda a sua paz. *** Agora é o tempo — Emmanuel - 40 - Prece de gratidão. Pelo apoio do lar; pelo amparo da escola; pela proteção do trabalho; pela alegria de servir; pela defesa da higiene; pelo aviso da experiência; pelo exercício da tolerância; pela capacidade de ser útil; pelo dom de discernir; pela força da paciência; pelo amigo que me socorre; pelo adversário que me instrui; pelos estímulos com que me conduzes; pelas provações com que me esclareces; pelas dificuldades com que me controlas; pela energia da esperança e por todas as bênçãos de amor que me proporcionas, através dos entes queridos que me confias, Obrigado, meu Deus!… *** O Evangelho segundo o Espiritismo » Capítulo V - Bem-aventurados os aflitos » Instruções dos Espíritos » O mal e o remédio.
19. Será a Terra um lugar de gozo, um paraíso de delícias? Já não ressoa mais aos vossos ouvidos a voz do profeta? Não proclamou ele que haveria prantos e ranger de dentes para os que nascessem nesse vale de dores? Esperai, pois, todos vós que aí viveis, causticantes lágrimas e amargo sofrer e, por mais agudas e profundas sejam as vossas dores, volvei o olhar para o Céu e bendizei do Senhor por ter querido experimentar-vos... Ó homens! dar-se-á não reconheçais o poder do vosso Senhor, senão quando ele vos haja curado as chagas do corpo e coroado de beatitude e ventura os vossos dias? Dar-se-á não reconheçais o seu amor, senão quando vos tenha adornado o corpo de todas as glórias e lhe haja restituído o brilho e a brancura? Imitai aquele que vos foi dado para exemplo. Tendo chegado ao último grau da abjeção e da miséria, deitado sobre uma estrumeira, disse ele a Deus: “Senhor, conheci todos os deleites da opulência e me reduzistes à mais absoluta miséria; obrigado, obrigado, meu Deus, por haverdes querido experimentar o vosso servo!” Até quando os vossos olhares se deterão nos horizontes que a morte limita? Quando, afinal, vossa alma se decidirá a lançar-se para além dos limites de um túmulo? Houvésseis de chorar e sofrer a vida inteira, que seria isso, a par da eterna glória reservada ao que tenha sofrido a prova com fé, amor e resignação? Buscai, pois, consolações para os vossos males no porvir que Deus vos prepara e procurai-lhe a causa no passado. E vós, que mais sofreis, considerai-vos os afortunados da Terra.
Como desencarnados, quando pairáveis no Espaço, escolhestes as vossas provas, julgando-vos bastante fortes para as suportar. Por que agora murmurar? Vós, que pedistes a riqueza e a glória, queríeis sustentar luta com a tentação e vencê-la. Vós, que pedistes para lutar de corpo e espírito contra o mal moral e físico, sabíeis que quanto mais forte fosse a prova, tanto mais gloriosa a vitória e que, se triunfásseis, embora devesse o vosso corpo parar numa estrumeira, dele, ao morrer, se desprenderia uma alma de rutilante alvura e purificada pelo batismo da expiação e do sofrimento.
Que remédio, então, prescrever aos atacados de obsessões cruéis e de cruciantes males? Só um é infalível: a fé, o apelo ao céu. Se, na maior acerbidade dos vossos sofrimentos, entoardes hinos ao Senhor, o anjo, à vossa cabeceira, com a mão vos apontará o sinal da salvação e o lugar que um dia ocupareis... A fé é o remédio seguro do sofrimento; mostra sempre os horizontes do infinito diante dos quais se esvaem os poucos dias brumosos do presente. Não nos pergunteis, portanto, qual o remédio para curar tal úlcera ou tal chaga, para tal tentação ou tal prova. Lembrai-vos de que aquele que crê é forte pelo remédio da fé e que aquele que duvida um instante da sua eficácia é imediatamente punido, porque logo sente as pungitivas angústias da aflição.
O Senhor apôs o seu selo em todos os que nele crêem. O Cristo vos disse que com a fé se transportam montanhas e eu vos digo que aquele que sofre e tem a fé por amparo ficará sob a sua égide e não mais sofrerá. Os momentos das mais fortes dores lhe serão as primeiras notas alegres da eternidade. Sua alma se desprenderá de tal maneira do corpo que, enquanto este se estorcer em convulsões, ela planará nas regiões celestes, entoando, com os anjos, hinos de reconhecimento e de glória ao Senhor.
Ditosos os que sofrem e choram! Alegres estejam suas almas, porque Deus as cumulará. - Santo Agostinho. (Paris, 1863.)
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Livro: PÃO NOSSO - 118 - É para isto - Emmanuel/Chico Xavier
Não retribuindo mal por mal, nem injúria por injúria; antes, pelo contrário, bendizendo; sabendo que para isto fostes chamados. – (1ª Epístola de Pedro, 3:9.)
A fileira dos que reclamam foi sempre numerosa em todas as tarefas do bem.
No apostolado evangélico, reparamos, igualmente, essa regra geral.
Muitos aprendizes, em obediência ao pernicioso hábito, preferem o caminho dos atritos ou das dissidências escandalosas. No entanto, mais algum raciocínio despertaria a comunidade dos discípulos para a maior compreensão.
Convidar-nos-ia Jesus a conflitos estéreis, tão-só para repetir os quadros do capricho individual ou da força tiranizante? Se assim fora, o ministério do Reino estaria confiado aos teimosos, aos discutidores, aos gigantes da energia física.
É contra-senso desfazer-se o servidor da Boa Nova em lamentações que não encontram razão de ser.
Amarguras, perseguições, calúnias, brutalidade, desentendimento? São velhas figurações que atormentam as almas na Terra. A fim de contribuir na extinção delas é que o Senhor nos chamou às suas fileiras. Não as alimentes, emprestando-lhes excessivo apreço.
O cristão é um ponto vivo de resistência ao mal, onde se encontre.
Pensa nisto e busca entender a significação do verbo suportar.
Não olvides a obrigação de servir com Jesus. É para isto que fomos chamados.
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Livro: CONDUTA ESPÍRITA - PERANTE A ENFERMIDADE - 35 - Espírito André Luiz / Waldo Vieira.
Sustentar inalteráveis a fé e a confiança, sem temor, queixa ou revolta, sempre que enfermidades conhecidas ou inesperadas lhe visitem o corpo ou lhe assediem o lar.
Cada prova tem uma razão de ser.
Com o necessário discernimento, abster-se do uso exagerado de medicamentos capazes de intoxicar a vida orgânica.
Para o serviço da cura, todo medicamento exige dosagem.
Desfazer ideias de temor ante as moléstias contagiosas ou mutilantes, usando a disciplina mental e os recursos da prece.
A força poderosa do pensamento tanto elabora quanto extingue muitos distúrbios orgânicos e psíquicos.
Sabendo que todo sofrimento orgânico é uma prova espiritual, dentro das leis cármicas, jamais recear a dor, mas aceitá-la e compreendê-la com desassombro e conformação.
A intensidade do sofrimento varia segundo a confiança na Lei Divina.
Aceitar o auxílio dos missionários e obreiros da medicina terrena, não exigindo proteção e responsabilidade exclusivas dos médicos desencarnados.
A Eterna Sabedoria tudo dispõe em nosso proveito.
Afirmar-se mentalmente em segurança, acima das enfermidades insidiosas que lhe possam assaltar o organismo, repelindo os pensamentos e as palavras de desespero ou cansaço, na fortaleza de sua fé.
A doença pertinaz leva à purificação mais profunda.
Aproveitar a moléstia como período de lições, sobretudo como tempo de aplicação dos valores alusivos à convicção religiosa. A enfermidade pode ser considerada por termômetro da fé.
“Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.” — Jesus.
(MATEUS, 11:28).
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Livro: A VERDADE RESPONDE — Emmanuel / André Luiz
5 - A influência do Espiritismo
A influência do Espiritismo, em verdade, à feição de movimento libertador das consciências, será precioso fator de evolução, em toda parte.
Na ciência, criará novos horizontes à glória do espírito.
Na filosofia, traçará princípios superiores ao avanço inelutável do progresso.
Na religião, estabelecerá supremos valores interpretativos, liberando a fé viva das sombras que a encarceram na estagnação e na ignorância.
Na justiça, descortinará novos rumos aos direitos humanos.
No trabalho, proporcionará justa configuração ao dever.
Nas artes, acenderá a inspiração da inteligência para os mais arrojados voos ao país da beleza.
Na cultura, desabotoará novas fontes de Luz para a civilização fatigada e decadente.
Na política, plasmará nova conceituação para a responsabilidade nos patrimônios públicos.
Na legislação, instituirá o respeito substancial ao bem comum.
E, em todos os setores do crescimento terrestre, à frente do futuro, ensinará e levantará, construindo e consolando, com a verdade a nortear-lhe a marcha redentora.
Entretanto, somente no coração é que o Espiritismo pode realmente transformar a vida.
Não basta erguer-se o homem às novas experiências de natureza exterior sem bases no sentimento.
Civilizações múltiplas hão surgido no mundo, alcançando o apogeu e descendo de novo aos sepulcros de pó e cinza.
É que lhes faltaram às fibras mais íntimas, essa fonte de água viva que só o amor puro consegue assegurar.
Conduzamos o coração às bênçãos da Doutrina Salvadora que abraçamos com o Cristo e, desse modo, a ressurreição da Terra, começando por dentro de nós, constituir-nos-á, no abençoado amanhã, o Paraíso conquistado para a nossa Alegria Perpétua em Perpétuo Esplendor.
***
Livro: ALVORADA DA REINO — Emmanuel - 2 - No campo do destino.
No tempo infinito, o “hoje” é o reflexo do nosso “ontem”, tanto quanto o “amanhã” será, como é justo, a projeção do nosso “hoje”.
Eis porque a estreita existência do Espírito, no Círculo da vida física, antes de tudo, vale por bendita oportunidade à renovação de si mesmo.
A reencarnação, por isso, não será tão somente resgate de transgressões, mas ensejo de modificação das causas que criam o destino, com vistas à futura alegria da consciência redimida ao sol da imortalidade.
Todavia, para que o homem se valha de semelhante recurso na construção do porvir, é indispensável transforme a antiga conceituação que lhe rege os passos evolutivos, aceitando a responsabilidade de viver, segundo as Leis Divinas, que é o Infinito Bem por toda parte, convertendo a trilha que lhe é própria em estrada de amor para os que o cercam, de vez que estabelecendo a harmonia e a segurança, a paz e o reconforto para os outros, será fatalmente investido na posse da verdadeira felicidade.
Recebe, cada dia, por flama de luz que podes aproveitar no engrandecimento da vida que te rodeia.
Para isso, porém, recolhe os talentos da provação, do trabalho e da dor, à maneira da pedra que encontra no martelo e no buril, que lhe dilaceram a forma, os instrumentos capazes de conduzi-la à condição da obra-prima que pode ser.
Auxilia sem esperar que te auxiliem, ama sem exigir que te amem, compreende sem aguardar a compreensão alheia, justifica o próximo sem a preocupação de seres justiçado, serve sem recompensa e, pouco a pouco, experimentarás em ti mesmo a grande transformação.
É que terás sublimado as causas de teu caminho e expulsando as sombras que te prendem às teias da vida humana, estarás refletindo, sem perceber, desde a Terra, o esplendor do Céu.
***
Livro: BENÇÃO DE PAZ — EMMANUEL / CHICO XAVIER - 24 - Verbo e caminho.
5 - A influência do Espiritismo
A influência do Espiritismo, em verdade, à feição de movimento libertador das consciências, será precioso fator de evolução, em toda parte.
Na ciência, criará novos horizontes à glória do espírito.
Na filosofia, traçará princípios superiores ao avanço inelutável do progresso.
Na religião, estabelecerá supremos valores interpretativos, liberando a fé viva das sombras que a encarceram na estagnação e na ignorância.
Na justiça, descortinará novos rumos aos direitos humanos.
No trabalho, proporcionará justa configuração ao dever.
Nas artes, acenderá a inspiração da inteligência para os mais arrojados voos ao país da beleza.
Na cultura, desabotoará novas fontes de Luz para a civilização fatigada e decadente.
Na política, plasmará nova conceituação para a responsabilidade nos patrimônios públicos.
Na legislação, instituirá o respeito substancial ao bem comum.
E, em todos os setores do crescimento terrestre, à frente do futuro, ensinará e levantará, construindo e consolando, com a verdade a nortear-lhe a marcha redentora.
Entretanto, somente no coração é que o Espiritismo pode realmente transformar a vida.
Não basta erguer-se o homem às novas experiências de natureza exterior sem bases no sentimento.
Civilizações múltiplas hão surgido no mundo, alcançando o apogeu e descendo de novo aos sepulcros de pó e cinza.
É que lhes faltaram às fibras mais íntimas, essa fonte de água viva que só o amor puro consegue assegurar.
Conduzamos o coração às bênçãos da Doutrina Salvadora que abraçamos com o Cristo e, desse modo, a ressurreição da Terra, começando por dentro de nós, constituir-nos-á, no abençoado amanhã, o Paraíso conquistado para a nossa Alegria Perpétua em Perpétuo Esplendor.
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Livro: ALVORADA DA REINO — Emmanuel - 2 - No campo do destino.
No tempo infinito, o “hoje” é o reflexo do nosso “ontem”, tanto quanto o “amanhã” será, como é justo, a projeção do nosso “hoje”.
Eis porque a estreita existência do Espírito, no Círculo da vida física, antes de tudo, vale por bendita oportunidade à renovação de si mesmo.
A reencarnação, por isso, não será tão somente resgate de transgressões, mas ensejo de modificação das causas que criam o destino, com vistas à futura alegria da consciência redimida ao sol da imortalidade.
Todavia, para que o homem se valha de semelhante recurso na construção do porvir, é indispensável transforme a antiga conceituação que lhe rege os passos evolutivos, aceitando a responsabilidade de viver, segundo as Leis Divinas, que é o Infinito Bem por toda parte, convertendo a trilha que lhe é própria em estrada de amor para os que o cercam, de vez que estabelecendo a harmonia e a segurança, a paz e o reconforto para os outros, será fatalmente investido na posse da verdadeira felicidade.
Recebe, cada dia, por flama de luz que podes aproveitar no engrandecimento da vida que te rodeia.
Para isso, porém, recolhe os talentos da provação, do trabalho e da dor, à maneira da pedra que encontra no martelo e no buril, que lhe dilaceram a forma, os instrumentos capazes de conduzi-la à condição da obra-prima que pode ser.
Auxilia sem esperar que te auxiliem, ama sem exigir que te amem, compreende sem aguardar a compreensão alheia, justifica o próximo sem a preocupação de seres justiçado, serve sem recompensa e, pouco a pouco, experimentarás em ti mesmo a grande transformação.
É que terás sublimado as causas de teu caminho e expulsando as sombras que te prendem às teias da vida humana, estarás refletindo, sem perceber, desde a Terra, o esplendor do Céu.
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Livro: BENÇÃO DE PAZ — EMMANUEL / CHICO XAVIER - 24 - Verbo e caminho.
“Expondo estas coisas aos irmãos serás bom ministro do Cristo Jesus, alimentando-os com as palavras da fé e da boa doutrina que tens seguido.” — PAULO (1 Timóteo, 4.6)
É necessário estudar o poder do verbo e jamais abusar dele. 2 Mobilizá-lo para estabelecer condições de saúde e equilíbrio, paz e alegria, onde estivermos. Compreendê-lo e acatá-lo para saber que a verdade, na correção do Espírito, deve ser empregada como a radioterapia na cura física, dentro da cautela aconselhável, sem que nos caiba o direito de inclinar-lhe as aplicações para o terreno da leviandade ou da malícia. 4 Usá-lo para auxiliar e abençoar, levantar e instruir.
Falar é gravar. Gravar é criar.
Acatemos as necessidades e os interesses dos outros no campo dos recursos verbalistas.
Somos obviamente responsáveis pelos bens materiais de que nos apropriemos indebitamente. Outro tanto acontece quando dilapidamos fé e otimismo, esperança e coragem nos corações alheios.
A ideia é uma força criadora e nossas palavras aderem a ela construindo sentimentos, sugestões, formas e coisas.
Conversemos para melhorar.
Utilizemos a frase por agente de elevação. Estejamos convencidos de que as palavras que nos escapam da boca ou da escrita assemelham-se, de maneira simbólica, ao ferro gusa; após escorrerem do forno de nossa mente solidificam-se nos trilhos, bons ou maus, sobre os quais o comboio de nossa existência estará no caminho.
***
LIVRO: A Vida Escreve — Hilário Silva — 2ª Parte - 8 Não vale a pena - Psicografia de Francisco C. Xavier
Antônio Sampaio Júnior, valoroso tarefeiro do Centro Espírita “Regeneração”, do Rio de Janeiro, era humilde servidor num escritório.
Zeloso, correto, madrugador.
Certa feita, mal havia espanado os móveis pela manhã, para sentar-se à máquina de escrever, foi procurado por amigo situado no comércio do Rio.
— Sampaio — disse o visitante, sem rebuços —, sei que você é espírita e esfalfa-se, há muito tempo, enfrentando dificuldades. Quanto você ganha mensalmente?
— Quatro mil cruzeiros.
O homem fez um gesto irônico e observou:
— Não vale a pena.
E prosseguiu:
— Não ignoro que você tem deveres de caridade na instituição que frequenta, socorrendo órfãos e amparando viúvas… Como é que você arranja numerário para esse fim?
— Gasto o que posso, e, quando a despesa ultrapassa os recursos, tenho amigos… Faço listas, apelos…
— Não vale a pena. Estou informado de que você visita os infortunados nos morros, às vezes com sacrifício da própria saúde… Aproveita decerto o carro de alguém…
— Não disponho dessa facilidade. Temos bonde à porta e, depois do bonde, faz sempre bem uma caminhada a pé…
— Não vale a pena. Disseram-me — continuou o homem — que você, às vezes, passa noites à cabeceira de enfermos… Naturalmente, o diretor faz concessões… Boa cama no dia seguinte, ponto facultativo…
— Não é bem assim — falou Sampaio, humilde —, nem sempre posso visitar os doentes, mas se o faço, meu dia de serviço corre normal…
O amigo meteu a mão no bolso interno, trouxe à luz um documento e abriu-se, por fim:
— Pois é, Sampaio, admirando você como sempre, resolvi auxiliá-lo de vez. É tempo de você melhorar. Preciso de um sócio para um negócio da China… Três milhões de cruzeiros. Você assina comigo a papelada e acompanharei todo o assunto… Gastaremos talvez uns quinhentos contos na tramitação do processo… É um navio velho que vamos desencravar… Tudo pronto, você e eu ficaremos provavelmente com mais de um milhão cada um. Basta só que você assine…
Sampaio, sem desejar ofender, perguntou:
— Creio na lisura da iniciativa, mas há algum inconveniente a considerar?
— Bem, o assunto envolve alguns interesses de repartições públicas, mas temos noventa e nove probabilidades a nosso favor…
— E se falharem as noventa e nove?…
— Ah! Se vier o contra — informou o amigo, evidentemente desapontado —, teremos entrevista no Distrito Policial.
Sampaio, sem perder a serenidade, falou simples:
— Não vale a pena.
E recomeçou a espanar.
***
LIVRO: A Vida Escreve — Hilário Silva — 2ª Parte - 27 Visão de Eurípedes - Psicografia de Francisco C. Xavier
Começara Eurípedes Barsanulfo, o apóstolo da mediunidade, em Sacramento, no Estado de Minas Gerais, a observar-se fora do corpo físico, em admirável desdobramento, quando, certa feita, à noite, viu a si próprio em prodigiosa volitação. Embora inquieto, como que arrastado pela vontade de alguém num torvelinho de amor, subia, subia…
Subia sempre.
Queria parar, e descer, reavendo o veículo carnal, mas não conseguia. Braços intangíveis tutelavam-lhe a sublime excursão. Respirava outro ambiente. Envergava forma leve, respirando num oceano de ar mais leve ainda… Viajou, viajou, à maneira de pássaro teleguiado, até que se reconheceu em campina verdejante. Reparava na formosa paisagem, quando, não longe, avistou um homem que meditava, envolvido por doce luz.
Como que magnetizado pelo desconhecido, aproximou-se…
Houve, porém, um momento, em que estacou, trêmulo.
Algo lhe dizia no íntimo para que não avançasse mais..
E num deslumbramento de júbilo, reconheceu-se na presença do Cristo.
Baixou a cabeça, esmagado pela honra imprevista, e ficou em silêncio, sentindo-se como intruso, incapaz de voltar ou seguir adiante.
Recordou as lições do Cristianismo, os templos do mundo, as homenagens prestadas ao Senhor, na literatura e nas artes, e a mensagem d’Ele a ecoar entre os homens, no curso de quase vinte séculos…
Ofuscado pela grandeza do momento, começou a chorar…
Grossas lágrimas banhavam-lhe o rosto, quando adquiriu coragem e ergueu os olhos, humilde.
Viu, porém, que Jesus também chorava…
Traspassado de súbito sofrimento, por ver-lhe o pranto, desejou fazer algo que pudesse reconfortar o Amigo Sublime… Afagar-lhe as mãos ou estirar-se à maneira de um cão leal aos seus pés…
Mas estava como que chumbado ao solo estranho…
Recordou, no entanto, os tormentos do Cristo, a se perpetuarem nas criaturas que até hoje, na Terra, lhe atiram incompreensão e sarcasmo…
Nessa linha de pensamento, não se conteve. Abriu a boca e falou, suplicante:
— Senhor, por que choras?
O interpelado não respondeu.
Mas desejando certificar-se de que era ouvido, Eurípedes reiterou:
— Choras pelos descrentes do mundo?
Enlevado, o missionário de Sacramento notou que o Cristo lhe correspondia agora ao olhar. E, após um instante de atenção, respondeu em voz dulcíssima:
— Não, meu filho, não sofro pelos descrentes aos quais devemos amor. Choro por todos os que conhecem o Evangelho, mas não o praticam…
Eurípedes não saberia descrever o que se passou então.
Como se caísse em profunda sombra, ante a dor que a resposta lhe trouxera, desceu, desceu…
E acordou no corpo de carne.
Era madrugada.
Levantou-se e não mais dormiu.
E desde aquele dia, sem comunicar a ninguém a divina revelação que lhe vibrava na consciência, entregou-se aos necessitados e aos doentes, sem repouso sequer de um dia, servindo até à morte.
***
Livro: VINHA DE LUZ - 21 - Oração e renovação - Emmanuel/Chico Xavier.
"Holocaustos e oblações pelo pecado não te agradaram." - Paulo (Hebreus, 10:6).
É certo que todo trabalho sincero de adoração espiritual nos levanta a alma, elevando-nos os sentimentos.
A súplica, no remorso, traz-nos a bênção das lágrimas consoladoras. A rogativa na aflição dá-nos a conhecer a deficiência própria, ajudando-nos a descobrir o valor da humildade. A solicitação na dor revela-nos a fonte sagrada da Inesgotável Misericórdia.
A oração refrigera, alivia, exalta, esclarece, eleva, mas, sobretudo, afeiçoa o coração ao serviço divino. Não olvidemos, porém, de que os atos íntimos e profundos da fé são necessários e úteis a nós próprios.
Na essência, não é o Senhor quem necessita de nossas manifestações votivas, mas somos nós mesmos que devemos aproveitar a sublime possibilidade da repetição, aprendendo com a sabedoria da vida.
Jesus espera por nossa renovação espiritual, acima de tudo.
Se erraste, é preciso procurar a porta da retificação.
Se ofendeste a alguém, corrige-te na devida reconciliação.
Se te desviaste da senda reta, volta ao caminho direito.
Se te perturbaste, harmoniza-te de novo.
Se abrigaste a revolta, recupera a disciplina de ti mesmo.
Em qualquer posição de desequilíbrio, lembra-te de que a prece pode trazer-te sugestões divinas, ampliar-te a visão espiritual e proporcionar-te consolações abundantes; todavia, para o Senhor não bastam as posições convencionais ou verbalistas.
O Mestre confere-nos a Dádiva e pede-nos a iniciativa.
Nos teus dias de luta, portanto, faze os votos e promessas que forem de teu agrado e proveito, mas não te esqueças da ação e da renovação aproveitáveis na obra divina do mundo e sumamente agradáveis aos olhos do Senhor.
***
Livro: Parnaso de Além-Túmulo — Autores diversos - 16 - Auta de Souza
Estendei vossa mão bondosa e pura,
Mãe querida dos fracos pecadores,
Aos corações dos pobres sofredores
Mergulhados nos prantos da amargura.
Derramai vossa luz, toda esplendores,
Da imensidade, da radiosa altura,
Da região ditosa da ventura,
Sobre a sombra dos cárceres das dores!
Ó Mãe! excelsa Mãe de anjos celestes.
Mais amor, desse amor que já nos destes,
Queremos nós em cada novo dia;
Vós que mudais em flores os espinhos,
Transformai toda a treva dos caminhos
Em clarões refulgentes de alegria.
***
Livro: Seguindo juntos — Autores diversos - 6 - Paz e amor - Maria Dolores
Escuta, coração!…
Se buscas atingir a vitória do bem,
Se desejas que a paz se te instale nas horas,
O programa é servir sem desprezar ninguém…
Contempla a terra em derredor
E reconhecerás com nitidez
Que sem base de ação e tolerância
Nada de bom se fez!…
O chão que suportou enxada e golpe
É sempre aquele chão
Onde a vida se dá e depois se retoma,
Em láureas de verdura e tesouros de pão…
A fonte que te ampara não se oculta,
Em descanso vulgar,
É aquela que não teme pedra e lodo
E cede apoio ao rio à procura do mar.
Observa mais longe:
No anseio de progresso a que o tempo te induz,
Sem força ou combustível que se gastam,
Pereceria a Terra, ante a morte da luz.
Se sonhas com mundo novo, serve e segue,
Não pares, nem te deixes combalir,
O trabalho presente aproveita o passado
Para tornar mais alta a bênção do porvir!…
Não te prendas à sombra da tristeza,
Nem te entregues à queixa amarga e vã,
Auxilia, perdoa e eleva hoje
E encontrarás mais bela a vida de amanhã!…
Examina conosco, alma querida!
Seja onde seja e seja com quem for,
Deus, em tudo, é a presença da bondade
Que a tudo envolve e guarda, em cascatas de amor!…
Livro: Fonte viva — Emmanuel/Chico Xavier - 138 - O justo remédio
“Quanto, porém, à caridade fraternal, não necessitais que vos escreva, porque já vós mesmos estais instruídos por Deus que vos ameis uns aos outros.” — PAULO (1 Tessalonicenses, 4.9)
Em sua missão de Consolador, recebe o Espiritismo milhares de consultas partidas de almas ansiosas, que imploram socorro e solução para diversos problemas.
Aqui, é um pai que não compreende e confia-se a sistemas cruéis de educação.
Ali, é um filho rebelde e ingrato, que foge à beleza do entendimento.
Acolá, é um amigo fascinado pelas aparências do mundo, e que abandona os compromissos com o ideal superior.
Além, é um irmão que se nega ao concurso fraterno.
Noutra parte, é o cônjuge que deserta do lar.
Mais adiante, é o chefe de serviço, insensível e contundente.
Contudo, o remédio para a extinção desses velhos enigmas das relações humanas está indicado, há séculos, nos ensinamentos da Boa Nova.
A caridade fraterna! é a chave de todas as portas para a boa compreensão.
O discípulo do Evangelho é alguém que foi admitido à presença do Divino Mestre para servir.
A recompensa de semelhante trabalhador, efetivamente, não pode ser aguardada no imediatismo da Terra.
Como colocar o fruto na fronde verde da plantinha nascente? Como arrancar a obra-prima do mármore com o primeiro golpe do cinzel?
Quem realmente ama, em nome de Jesus, está semeando para a colheita na Eternidade.
Não procuremos orientação com os outros para assuntos claramente solucionáveis por nosso esforço. Sabemos que não adianta desesperar ou amaldiçoar…
Cada Espírito possui o roteiro que lhe é próprio. Saibamos caminhar, portanto, na senda que a vida nos oferece, sob a luz da caridade fraternal, hoje e sempre.
***
Antenas de Luz — Mensagens familiares de Laurinho - 3 - A esperança.
“Como o obreiro preguiçoso, diz: Eu perdi minha jornada, ele também se diz: Eu perdi minha vida; mas da mesma forma que para o obreiro o sol se ergue no dia seguinte, e uma nova jornada começa, permitindo-lhe reparar o tempo perdido, para ele também, depois da noite do túmulo, brilhará o sol de uma nova vida, na qual poderá aproveitar a experiência do passado e suas boas resoluções para o futuro”. (O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, Edição IDE, Cap. V, item 5).
Com tudo isso, vamos entendendo, melhor, a existência da Vida Futura.
Com o clarear de nossas ideias, com o estudo da Doutrina Espírita e o aumento de nossa fé raciocinada, mudamos o nosso ponto de vista sobre as leis que regem a existência humana.
Entendemos que esta vida não é a única passagem no planeta Terra e deduzimos, logicamente, a existência da imensidão e nobreza da Vida Espiritual.
E, por isso, não podemos perder a esperança de que algo, mais promissor, nos aguarda em uma outra existência. E é por essa confiança, essa esperança na Outra Vida, que procuramos melhorar-nos, começando pela nossa própria reforma interior, tendo certeza de que permaneceremos aqui por um espaço de tempo limitado, onde almejamos para lá voltar num estado evolutivo melhor do que aquele em que estávamos quando para aqui viemos. E, já sabemos que somente nos será possível chegar a esse estado através dos bons atos, e com a consciência tranquila de termos trabalhado em prol de nossos semelhantes.
Não vamos viver de uma esperança vazia, mas sim, da certeza da existência da verdadeira vida, cuja veracidade vem sendo provada, cada vez mais, pela Ciência, pela Filosofia e pela Religião. Elevemos, então, nosso pensamento acima dos horizontes da vida, onde, pairando por alguns segundos de reflexão, entreveremos os infinitos mistérios da Divindade.
As cartas de nosso amado Laurinho, nos incentivam para o trabalho e nesse trabalho eu encontro o meu equilíbrio.
Tenhamos fé no Criador e usemos a nossa razão no estudo das vidas sucessivas, para podermos entender os fatos da nossa existência, donde tiraremos o real proveito de um dos maiores recursos que Deus nos dotou: a esperança.
Infelizmente, existem seres humanos que se esquecem de tudo o que aprenderam em sua caminhada, quando deveriam, diante de toda a grandeza do Criador, agradecer: “obrigado, meu Deus, porque existo!”
Quem somos? De onde viemos? Para onde iremos? Essas são as indagações que devemos fazer, a nós mesmos, com os pés nos chão e a cabeça no lugar.
Mesmo com o amor cego à matéria, ainda agora nos tempos atuais, nos surge nítida e clara, a todo instante, a ideia do Além. Meditando nisso, podemos afirmar que, só a doutrina das reencarnações nos fornece explicações suficientes e lógicas para o equilíbrio moral e físico, entrelaçando-os numa unidade perfeita.
Em todas as suas cartas, Laurinho grifa, especialmente, a esperança, que nos traz profundos ensinamentos relacionados com o trabalho, o amor e a caridade. E, por tão bela afirmativa, solicito, a todos os corações partidos, que notem estas palavras: “retirou a Esperança da Gaveta de nossas necessidades e ei-las convertidas em páginas de fé”.
Começando pela esperança, chegaremos à fé que nos ilumina os passos, nos leva bem para perto do Cristo, e que nos é indispensável nas ocasiões mais desesperadoras. Feliz daquele que crê, procura, enxerga e caminha seguro com sua fé inabalável e profunda, estando sempre pronto a superar os maiores obstáculos, no conhecimento de que a fé remove montanhas. O homem que possui a esperança baseada na fé, é impassível diante das provações e perigos do dia a dia.
Eu mesma confesso que, após ter adquirido os conhecimentos, a esperança e a fé, através de tudo que a Doutrina Espírita me concedeu em ensinamentos, respostas e provas, sinto-me tranquila, equilibrada e forte diante dos imensos problemas e novas provas que vão surgindo em minha vida. A minha maneira de encarar a realidade é tão diferente e tão clara; que, ao ver-me rodeada de tantos “cegos” no conhecimento da Verdade, sinto uma vontade voraz de gritar a todos, onde encontrar a paz, o amor, a compreensão e a felicidade que existe dentro de nós mesmos.
E, aquele que quiser revestir-se da verdadeira fé, facilmente conseguirá encontrá-la no estudo da Doutrina Espírita, que se baseia no raciocínio lógico das simples leis naturais da vida.
Portanto, vamos tentar clarear corações, sem desprezarmos ninguém, e sem nos envaidecermos com enganosos privilégios passageiros, pois que nenhum de nós sabe o que nos está reservado para o futuro, onde as prestações de contas nos esperam.
Segue a mensagem da esperança, psicografada por Chico Xavier.
Priscilla Pereira
***
PALAVRAS DE VIDA ETERNA — Emmanuel / Chico Xavier - 148 - No bom combate
“Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.” — PAULO (II Timóteo, 4.7)
Nas lides da evolução, há combate e bom combate.
No combate, visamos aos inimigos externos. Brandimos armas, inventamos ardis, usamos astúcias, criamos estratégia e, por vezes, saboreamos a derrota de nossos adversários, entre alegrias falsas, ignorando que estamos dilapidando a nós mesmos.
No bom combate, dispomo-nos a lutar contra nós próprios, assestando baterias de vigilância em oposição aos sentimentos e qualidades inferiores que nos deprimem a alma.
O combate chumba-nos o coração à crosta da Terra, em aflitivos processos de reajuste, na lei de causa e efeito.
O bom combate liberta-nos o espírito para a ascensão aos Planos superiores.
Paulo de Tarso, escrevendo a Timóteo, nos últimos dias da experiência terrestre, forneceu-nos preciosa definição nesse sentido. 7 Ele, que andara em combate até o encontro pessoal com o Cristo, passou a viver no bom combate, desde a hora da entrevista com o Mestre. 8 Até o caminho de Damasco, estivera em função de louros mundanos, ávido de dominações transitórias, mas, desde o instante em que Ananias o recolheu enceguecido e transtornado, entrou em subalternidade dolorosa. 9 Incompreendido, desprezado, apedrejado, perseguido, encarcerado várias vezes, abatido e doente, jamais deixou de servir à causa do bem, que abraçara com Jesus, olvidando males e achaques, constrangimentos e insultos. 10 Ao término, porém, da carreira de semeador da verdade, o ex-conselheiro do Sinédrio, aparentemente arrasado e vencido, saiu da Terra na condição de verdadeiro triunfador.
***
LIVRO da ESPERANÇA — Emmanuel / Chico Xavier - 78 - Ante o Divino Médico.
“Não são os que gozam saúde que precisam de médico.” — JESUS (Mateus, 9.12)
“Jesus se acercava, principalmente, dos pobres e dos deserdados, porque são os que mais necessitam de consolações; dos cegos dóceis e de boa-fé, porque pedem se lhes dê a vista e não dos orgulhosos que julgam possuir toda a luz e de nada precisar.” — Cap. XXIV, 12
Milhões de nós outros, — os Espíritos encarnados e desencarnados em serviço na Terra, — somos almas enfermas de muitos séculos.
Carregando débitos e inibições, contraídos em existências passadas ou adquiridos agora, proclamamos em palavras sentidas que Jesus é o nosso Divino Médico. E basta ligeira reflexão para encontrar no Evangelho a coleção de receitas articuladas por ele, com vistas à terapia da alma.
Todas as indicações do sublime formulário primam pela segurança e concisão.
Nas perturbações do egoísmo: “faze aos outros o que desejas que os outros te façam.”
Nas convulsões dá cólera: “na paciência possuirás a ti mesmo.”
Nos acessos de revolta: “humilha-te e serás exaltado.”
Na paranoia da vaidade: “não entrarás no Reino do Céu sem a simplicidade de uma criança.”
Na paralisia de espírito por falsa virtude: “se aspiras a ser o maior, sê no mundo o servo de todos.”
Nos quistos mentais do ódio: “ama os teus inimigos.”
Nos delírios da ignorância: “aprende com a verdade e a verdade te libertará.”
Nas dores por ofensas recebidas: “perdoa setenta vezes sete.”
Nos desesperos provocados por alheias violências: “ora pelos que te perseguem e caluniam.”
Nas crises de incerteza, quanto à direção espiritual: “se queres vir após mim, nega a ti mesmo, toma a tua cruz e segue-me.”
Nós, as consciências que nos reconhecemos endividadas, regozijamo-nos com a declaração consoladora do Cristo:
— “Não são os que gozam de saúde os que precisam de médico.”
Sim, somos Espíritos enfermos com ficha especificada nos gabinetes de tratamento, instalados nas Esferas Superiores, dos quais instrutores e benfeitores da Vida Maior nos acompanham e analisam ações e reações, mas é preciso considerar que o facultativo, mesmo sendo Nosso Senhor Jesus Cristo, não pode salvar o doente e nem auxiliá-lo de todo, se o doente persiste em fugir do remédio.
***
Livro: FONTE VIVA - 173 - Ante a Luz da Verdade - Emmanuel/psicografia de Chico Xavier
"Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará." - Jesus. (João, 8:32).
A palavra do Mestre é clara e segura.
Não seremos libertados pelos "aspectos da verdade" ou pelas
"verdades provisórias" de que sejamos detentores no círculo das
afirmações apaixonadas a que nos inclinemos.
Muitos, em política, filosofia, ciência e religião, se afeiçoam a certos
ângulos da verdade e transformam a própria vida numa trincheira de
luta desesperada, a pretexto de defendê-la, quando não passam de
prisioneiros do "ponto de vista".
Muitos aceitam a verdade, estendem-lhe as lições, advogam-lhe a
causa e proclamam-lhe os méritos, entretanto, a verdade libertadora
é aquela que conhecemos na atividade incessante do Eterno Bem.
Penetrá-la é compreender as obrigações que nos competem.
Discerni-la é renovar o próprio entendimento e converter a existência
num campo de responsabilidade para ’com o melhor.
Só existe verdadeira liberdade na submissão ao dever fielmente cumprido.
Conhecer, portanto, a verdade é perceber o sentido da vida.
E perceber o sentido da vida é crescer em serviço e burilamento constantes.
Observa, desse modo, a tua posição diante da Luz...
Quem apenas vislumbra a glória ofuscante da realidade, fala muito e
age menos. Quem, todavia, lhe penetra a grandeza indefinível, age
mais e fala menos.
***
LIVRO: CAMINHO, VERDADE e VIDA — 174 - Pão de cada dia (Emmanuel/ Chico Xavier)
“Dá-nos cada dia o nosso pão.” — Jesus. (LUCAS, capítulo 11, versículo 3.)
Já pensaste no pão de cada dia?
À força de possuí-lo, em abundância, o homem costuma desvalorizá-lo, à maneira da criatura irrefletida que somente medita na saúde, ao sobrevir a enfermidade.
Se a maioria dos filhos da Terra estivessem à altura de atender à gratidão nos seus aspectos reais, bastaria o pão cotidiano para que não faltassem às coletividades terrestres perfeitas noções da existência de Deus. Tão magnânima é a bondade celestial que, promovendo recursos para a manutenção dos homens, escapa à admiração das criaturas, a fim de que compreendam melhor a vida, integrando-se nas responsabilidades que lhes dizem respeito, nas Organizações de trabalho a que foram chamadas, com a finalidade de realizarem o aprimoramento próprio.
O Altíssimo deixa aos homens a crença de que o pão terrestre é conquista deles, para que se aperfeiçoem convenientemente no dom de servir. Em verdade, no entanto, o pão de cada dia, para todas as refeições do mundo, procede da Providência Divina.
O homem cavará o solo, espalhará as sementes, defenderá o serviço e cooperará com a Natureza, mas a germinação, o crescimento, a florescência e a frutificação pertencem ao Todo-Misericordioso.
No alimento de cada dia prevalece sublime ensinamento de colaboração entre o Criador e a criatura, que raras pessoas se dispõem a observar.
Esforça-se o homem e o Senhor lhe concede as utilidades.
O servo trabalha e o Altíssimo lhe abençoa o suor.
É nesse processo de íntima cooperação e natural entendimento que o Pai espera colher, um dia, os doces frutos da perfeição no espírito dos filhos.
***
Livro: Fonte Viva - 120 - Assim será - (Emmanuel/Chico Xavier)
"Assim é aquele que para si ajunta tesouros e não é rico para com Deus." - Jesus (Lucas, 12:21).
Guardarás inúmeros títulos de posse sobre as utilidades terrestres, mas se não fores senhor de tua própria alma, todo o teu patrimônio não passará de simples introdução à loucura.
Multiplicarás, em torno de teus pés, maravilhosos jardins da alegria juvenil, entretanto, se não adquirires o conhecimento superior para o roteiro de amanhã, a tua mocidade será a véspera ruidosa da verdadeira velhice.
Cobrirás com medalhas honoríficas o teu peito, aumentando a série dos admiradores que te aplaudem, mas, se a luz da reta consciência não te banhar o coração, assemelhar-te-ás a um cofre de trevas, enfeitado por fora e vazio por dentro.
Amontoarás riquezas e apetrechos de conforto para a tua casa terrena, imprimindo-lhe perfil dominante e revestindo-a de esplendores artísticos, contudo, se não possuíres na intimidade do lar a harmonia que sustenta a felicidade de viver, o teu domicílio será tão-somente um mausoléu adornado.
Empilharás moedas de ouro e prata, à sombra das quais falarás com autoridade e influência aos ouvidos do próximo, todavia, se os teus haveres não se dilatarem, em forma de socorro e trabalho, estímulo e educação, em favor dos semelhantes, serás apenas um viajor descuidado, no rumo de pavorosas desilusões.
Crescerás horizontalmente, conquistarás o poder e a fama, reverenciar-te-ão a presença física na Terra, mas, se não trouxeres contigo os valores do bem, ombrearás com os infelizes, em marcha imprevidente para as ruínas do desencanto.
Assim será "todo aquele que ajunta tesouros para si, sem ser rico para com Deus".
***
Livro: VINHA DE LUZ -60- Que fazeis de especial-(Emmanuel/Chico Xavier)
"Que fazeis de especial?" - Jesus (Mateus, 5:47).
Iniciados na luz da Revelação Nova, os espiritistas cristãos possuem patrimônios de entendimento muito acima da compreensão normal dos homens encarnados.
Em verdade, sabem que a vida prossegue vitoriosa, além da morte; que se encontram na escola temporária da Terra, em favor da iluminação espiritual que lhes é necessária; que o corpo carnal é simples vestimenta a desgastar-se cada dia; que os trabalhos e desgostos do mundo são recursos educativos; que a dor é o estímulo às mais altas realizações; que a nossa colheita futura se verificará, de acordo com a sementeira de agora; que a luz do Senhor clarear-nos-á os caminhos, sempre que estivermos a serviço do bem; que toda oportunidade de trabalho no presente é uma bênção dos Poderes Divinos; que ninguém se acha na Crosta do Planeta em excursão de prazeres fáceis, mas, sim, em missão de aperfeiçoamento; que a justiça não é uma ilusão e que a verdade surpreenderá toda a gente; que a existência na esfera física é abençoada oficina de trabalho, resgate e redenção e que os atos, palavras e pensamentos da criatura produzirão sempre os frutos que lhes dizem respeito, no campo infinito da vida.
Efetivamente, sabemos tudo isto.
Em face, pois, de tantos conhecimentos e informações dos planos mais altos, a beneficiarem nossos círculos felizes de trabalho espiritual, é justo ouçamos a interrogação do Divino Mestre:
- Que fazeis mais que os outros?
***
AGRADEÇAMOS A DEUS.
Necessário conservar o coração agradecido a Deus para que as aflições não nos deteriorem os sentimentos.
Para isso, é forçoso procurar o lado melhor das coisas e ocorrências, a outra face das pessoas e circunstâncias.
Em muitos episódios da nossa caminhada na Terra, porque a provação nos visite, afundamo-nos em desânimo, todavia, em nos apercebendo com segurança quanto à significação disso, compreendemos para logo que a provação é alavanca psicológica, sem a qual não solucionaríamos as dificuldades alheias.
Certas afeições, no mundo, nos abandonam em caminho, humilhando-nos o Espírito, no entanto, que seria de nós se determinados laços possessivos nos detivessem o coração, indefinidamente?
Empeços materiais persistem conosco, por tempo enorme, contudo, acabamos notando que sem eles, quase sempre, ser-nos-ia impraticável a consolidação do equilíbrio espiritual.
A decepção trazida por um amigo é razão para grande sofrimento, entretanto, a pouco e pouco, reconhecemos que a decepção, no fundo, não existe, de vez que a ruptura de certas relações se traduz por transitório desnível, através do qual se rompem hoje tarefas abraçadas em comum para se refazerem, de futuro, em novas condições de harmonia e de rendimento no bem de todos.
O bisturi do cirurgião é suscetível de inquietar-nos a vida mas retira de nós aquilo que pode induzir-nos à morte prematura.
Saibamos agradecer ao Senhor os dons de que fomos dotado.
Dor é aviso, obstáculo é medida de resistência, desilusão é reajuste, contratempo é lição. Se sabemos aceitá-los, transformam-se-nos sempre em dispositivos para a obtenção da felicidade maior.
Isso ocorre, porque, na maioria das ocasiões, os desapontamentos nada mais são que oportunidades a fim de que as nossas emoções se façam respostas na órbita de nossos deveres ou para que os nossos raciocínios se recoloquem na direção de Deus.
***
MOMENTO ESPÍRITA - UM AMIGO DE VERDADE.
Você tem um amigo de verdade?
Existem muitos amigos, mas os amigos verdadeiros ainda são uma raridade.
Um dia desses, enquanto alguns amigos conversavam de forma descontraída, podia-se observar que um deles, em especial, trazia no rosto um semblante calmo, e sua serenidade espalhava um hálito de paz no ambiente.
Logo mais, aquele jovem senhor deixava o recinto para atender alguns compromissos e, com a alma dorida, falava-nos de algumas dificuldades que estava enfrentando.
Qual espinho cravado no peito, a calúnia feita por um falso amigo lhe fustigava a alma.
E, apesar de ter o coração dilacerado, ele conseguia exalar perfume ao seu redor, poupando os demais companheiros do seu infortúnio.
Falava-nos, com certa tristeza, mas sem rancor, que um amigo maledicente havia espalhado inverdades a seu respeito.
Logo mais estarei com ele e sei que irá me abraçar. E mesmo sabendo o que ele diz de mim pelas costas, retribuirei o abraço sem nada dizer. - Falava-nos aquele homem nobre.
Não negava que a atitude do amigo o incomodava, mas, em momento algum se deixou levar pelo ódio, pela mágoa ou pelo desejo de vingança.
Quem não gostaria de ter um amigo assim?
Sem dúvida, ter amigos de verdade é o que todos desejamos, mas nem sempre nos propomos a ser amigos verdadeiros.
Perdoar um amigo significa dar-lhe uma prova de amizade, pois quando cometemos algum deslize desejamos que, pelo menos, os amigos nos entendam e nos estendam a mão.
Mas, infelizmente, nem sempre agimos com os amigos da maneira que gostaríamos que eles agissem conosco.
E, no momento que ouvíamos aquele amigo de verdade mostrar tamanha compreensão para com o seu caluniador, lembramo-nos de Jesus.
Quando Judas chegou, trazendo os guardas para o prender, Jesus dirigiu seu olhar compassivo ao traidor e lhe perguntou: A que vieste, amigo?
Jesus não só perdoou o amigo infeliz, como também compreendeu a sua miséria moral.
Em outro momento, quando Pedro negou que o conhecia, por três vezes, e se desesperou ao perceber que Jesus o observava, sereno, por entre as grades da prisão, o Mestre o consola:
Pedro, os homens são mais frágeis que verdadeiramente maus.
Certamente um afago que Pedro jamais esqueceria...
Um amigo de verdade, diante dos maus passos dos amigos, age com compaixão, com piedade, com tolerância, com benevolência...
São amigos assim que fazem falta no mundo...
Um amigo que olhe nos olhos, sem nada para esconder...
Um amigo que defenda o seu amigo ausente diante de comentários maldosos...
Um amigo que não tenha medo de dizer que é amigo...
Que não sinta vergonha de admitir que está com saudades...
Que ligue tarde da noite só para saber se o amigo está bem, porque teve um sonho ruim com ele e quer se certificar de que foi apenas um sonho...
Por tudo isso, vale a pena pensar um pouco sobre esse tesouro que se chama amizade.
E é sempre bom lembrar que não se consegue construir amizades sólidas em bases falsas e mentirosas.
Se você acha bom ter um amigo de verdade, lembre-se de que não se pode só desejar amigos assim, é preciso ser um amigo verdadeiro.
Existem muitos amigos, mas os amigos verdadeiros ainda são uma raridade.
Um dia desses, enquanto alguns amigos conversavam de forma descontraída, podia-se observar que um deles, em especial, trazia no rosto um semblante calmo, e sua serenidade espalhava um hálito de paz no ambiente.
Logo mais, aquele jovem senhor deixava o recinto para atender alguns compromissos e, com a alma dorida, falava-nos de algumas dificuldades que estava enfrentando.
Qual espinho cravado no peito, a calúnia feita por um falso amigo lhe fustigava a alma.
E, apesar de ter o coração dilacerado, ele conseguia exalar perfume ao seu redor, poupando os demais companheiros do seu infortúnio.
Falava-nos, com certa tristeza, mas sem rancor, que um amigo maledicente havia espalhado inverdades a seu respeito.
Logo mais estarei com ele e sei que irá me abraçar. E mesmo sabendo o que ele diz de mim pelas costas, retribuirei o abraço sem nada dizer. - Falava-nos aquele homem nobre.
Não negava que a atitude do amigo o incomodava, mas, em momento algum se deixou levar pelo ódio, pela mágoa ou pelo desejo de vingança.
Quem não gostaria de ter um amigo assim?
Sem dúvida, ter amigos de verdade é o que todos desejamos, mas nem sempre nos propomos a ser amigos verdadeiros.
Perdoar um amigo significa dar-lhe uma prova de amizade, pois quando cometemos algum deslize desejamos que, pelo menos, os amigos nos entendam e nos estendam a mão.
Mas, infelizmente, nem sempre agimos com os amigos da maneira que gostaríamos que eles agissem conosco.
E, no momento que ouvíamos aquele amigo de verdade mostrar tamanha compreensão para com o seu caluniador, lembramo-nos de Jesus.
Quando Judas chegou, trazendo os guardas para o prender, Jesus dirigiu seu olhar compassivo ao traidor e lhe perguntou: A que vieste, amigo?
Jesus não só perdoou o amigo infeliz, como também compreendeu a sua miséria moral.
Em outro momento, quando Pedro negou que o conhecia, por três vezes, e se desesperou ao perceber que Jesus o observava, sereno, por entre as grades da prisão, o Mestre o consola:
Pedro, os homens são mais frágeis que verdadeiramente maus.
Certamente um afago que Pedro jamais esqueceria...
Um amigo de verdade, diante dos maus passos dos amigos, age com compaixão, com piedade, com tolerância, com benevolência...
São amigos assim que fazem falta no mundo...
Um amigo que olhe nos olhos, sem nada para esconder...
Um amigo que defenda o seu amigo ausente diante de comentários maldosos...
Um amigo que não tenha medo de dizer que é amigo...
Que não sinta vergonha de admitir que está com saudades...
Que ligue tarde da noite só para saber se o amigo está bem, porque teve um sonho ruim com ele e quer se certificar de que foi apenas um sonho...
Por tudo isso, vale a pena pensar um pouco sobre esse tesouro que se chama amizade.
E é sempre bom lembrar que não se consegue construir amizades sólidas em bases falsas e mentirosas.
Se você acha bom ter um amigo de verdade, lembre-se de que não se pode só desejar amigos assim, é preciso ser um amigo verdadeiro.
***
Amigos são como flores nobres semeadas ao longo do nosso caminho, para que possamos aspirar perfume em todas as estações.
Redação do Momento Espírita, com base em fato ocorrido com Raul Teixeira. Em 05.11.2008.
***
Livro: TEMAS DA VIDA - Autores diversos - mensagem do Espírito AGAR - 20 - Oração.
Pai de Infinita Bondade sustenta-nos o coração no caminho que nos assinalaste!
Infunde-nos o desejo de ajudar àqueles que nos cercam, dando-lhes das migalhas que possuímos para que a felicidade se multiplique entre nós.
Dá-nos a força de lutar pela nossa própria regeneração, nos círculos de trabalho em que fomos situados, por teus sábios desígnios.
Auxilia-nos a conter as nossas próprias fraquezas, para que não venhamos a cair nas trevas, vitimados pela violência.
Pai, não deixes que a alegria nos enfraqueça e nem permitas que a dor nos sufoque.
Ensina-nos a reconhecer tua bondade em todos os acontecimentos e em todas as coisas.
Nos dias de aflição, faze-nos contemplar Tua luz, através de nossas lágrimas e nas horas de reconforto, auxilia-nos a estender Tuas bênçãos com os nossos semelhantes.
Dá-nos conformação no sofrimento, paciência no trabalho e socorro nas tarefas difíceis.
Concede-nos, sobretudo, a graça de compreender a tua vontade seja como for, onde estivermos, a fim de que saibamos servir em Teu nome e para que sejamos filhos dignos de Teu infinito amor.
Assim Seja.
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Livro: CARTAS E CRÔNICAS — Irmão X (Humberto de Campos) - 6 - Tragédia no circo.
Naquela noite, da época recuada de 177, o “concilium” de Lião regurgitava de povo.
Não se tratava de nenhuma das assembleias tradicionais da Gália, junto ao altar do Imperador, e sim de compacto ajuntamento.
Marco Aurélio reinava, piedoso, e, embora não houvesse lavrado qualquer rescrito em prejuízo maior dos cristãos, permitira se aplicassem na cidade, com o máximo rigor, todas as leis existentes contra eles.
A matança, por isso, perdurava, terrível. Ninguém examinava necessidades ou condições. Mulheres e crianças, velhos e doentes, tanto quanto homens válidos e personalidades prestigiosas, que se declarassem fiéis ao Nazareno, eram detidos, torturados e eliminados sumariamente.
Através do espesso casario, a montante da confluência do Ródano † e do Saône, † multiplicavam-se prisões, e no sopé da encosta, mais tarde conhecida como colina de Fourvière, † improvisara-se grande circo, levantando-se altas paliçadas em torno de enorme arena.
As pessoas representativas do mundo lionês eram sacrificadas no lar ou barbaramente espancadas no campo, enviando-se os desfavorecidos da fortuna, inclusive grande massa de escravos, ao regozijo público.
As feras pareciam agora entorpecidas, após massacrarem milhares de vítimas, nas mandíbulas sanguissedentas. Em razão disso, inventavam-se tormentos novos.
Verdugos inconscientes ideavam estranhos suplícios. Senhoras cultas e meninas ingênuas eram desrespeitadas antes que lhes decepassem a cabeça, anciães indefesos viam-se chicoteados até a morte. Meninos apartados do reduto familiar eram vendidos a mercadores em trânsito, para servirem de alimárias domésticas em províncias distantes, e nobres senhores tombavam assassinados nas próprias vinhas.
Mais de vinte mil pessoas já haviam sido mortas.
Naquela noite, a que acima nos referimos, anunciou-se para o dia seguinte a chegada de Lúcio Galo, famoso cabo de guerra, que desfrutava atenções especiais do Imperador por se haver distinguido contra a usurpação do general Avídio Cássio, e que se inclinava agora a merecido repouso.
Imaginaram-se, para logo, comemorações a caráter. Por esse motivo, enquanto lá fora se acotovelavam gladiadores e jograis, o patrício Álcio Plancus, que se dizia descendente do fundador da cidade, presidia a reunião, a pedido do Propretor, programando os festejos.
— Além das saudações, diante dos carros que chegarão de Viena — dizia, algo tocado pelo vinho abundante —, é preciso que o circo nos dê alguma cena de exceção… O lutador Setímio poderia arregimentar os melhores homens; contudo, não bastaria renovar o quadro de atletas…
— A equipe de dançarinas nunca esteve melhor aventou Caio Marcelino, antigo legionário da Bretanha que se enriquecera no saque.
— Sim, sim… — concordou Álcio — instruiremos Musônia para que os bailados permaneçam à altura…
— Providenciaremos um encontro de auroques † — lembrou Pérsio Níger.
— Auroques! Auroques!…— clamou a turba em aprovação.
— Excelente lembrança! — falou Plancus em voz mais alta — mas, em consideração ao visitante, é imperioso acrescentar alguma novidade que Roma não conheça…
Um grito horrível nasceu da assembleia:
— Cristãos às feras! cristãos às feras!
Asserenado o vozerio, tornou o chefe do conselho:
— Isso não constitui novidade! E há circunstâncias desfavoráveis. Os leões recém-chegados da África estão preguiçosos…
Sorriu com malícia e chasqueou:
— Claro que surpreenderam, nos últimos dias, tentações e viandas que o próprio Lúculo jamais encontrou no conforto de sua casa…
Depois das gargalhadas gerais. Álcio continuou, irônico:
— Ouvi, porém, alguns companheiros, ainda hoje, e apresentaremos um plano que espero resulte certo. Poderíamos reunir, nesta noite, aproximadamente mil crianças e mulheres cristãs, guardando-as nos cárceres… E, amanhã, coroando as homenagens, ajuntá-las-emos na arena, molhada de resinas e devidamente cercada de farpas embebidas em óleo, deixando apenas passagem estreita para a liberação das mais fortes. Depois de mostradas festivamente em público, incendiaremos toda a área, deitando sobre elas os velhos cavalos que já não sirvam aos nossos jogos… Realmente, as chamas e as patas dos animais formarão muitos lances inéditos..
— Muito bem! Muito bem! — rugiu a multidão, de ponta a ponta do átrio.
— Urge o tempo — gritou Plancus — e precisamos do concurso de todos… Não possuímos guardas suficientes…
E erguendo ainda mais o tom de voz:
— Levante a mão direita quem esteja disposto a cooperar.
Centenas de circunstantes, incluindo mulheres robustas, mostraram destra ao alto, aplaudindo em delírio. Encorajado pelo entusiasmo geral, e desejando distribuir a tarefa com todos os voluntários, o dirigente da noite enunciou, sarcástico e inflexível:
— Cada um de nós traga um…Essas pragas jazem escondidas por toda a parte… Caçá-las e exterminá-las é o serviço da hora…
Durante a noite inteira, mais de mil pessoas, ávidas de crueldade, vasculharam residências humildes e, no dia subsequente, ao sol vivo da tarde, largas filas de mulheres e criancinhas, em gritos e lágrimas, no fim de soberbo espetáculo, encontraram a morte, queimadas nas chamas alteadas ao sopro do vento, ou despedaçadas pelos cavalos em correria.
Quase dezoito séculos passaram sobre o tenebroso
acontecimento… Entretanto, a justiça da Lei, através da reencarnação, reaproximou todos os responsáveis, que, em diversas posições de idade física, se reuniram de novo para dolorosa expiação, a 17 de dezembro de 1961, na cidade brasileira de Niterói, em comovedora tragédia num circo.
Em meio ao espetáculo lotado de espectadores a lona que recobria o grande circo pegou fogo e desabou sobre os presentes deixando enorme número de vítimas Outra tragédia como esta, com um número de vítimas muito maior, ocorreu numa boate em S. Maria. RS.
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Livro FONTE VIVA - 93 - Altar íntimo - (Emmanuel/Chico Xavier)
"Temos um altar." - Paulo (Hebreus, 13:10).
Até agora, construímos altares em toda parte, reverenciando o Mestre e Senhor.
De ouro, de mármore, de madeira, de barro, recamados de perfumes, preciosidades e flores, erguemos santuários e convocamos o concurso da arte para os retoques de iluminação artificial e beleza exterior.
Materializado o monumento da fé, ajoelhamo-nos em atitude de prece e procuramos a inspiração divina.
Realmente, toda movimentação nesse sentido é respeitável, ainda mesmo quando cometemos o erro comum de esquecer os famintos da estrada, em favor das suntuosidades do culto, porque o amor e a gratidão ao Poder Celeste, mesmo quando mal conduzidos, merecem veneração.
Todavia, é imprescindível crescer para a vida maior.
O próprio Mestre nos advertiu, junto à Samaritana, que tempos viriam em que o Pai seria adorado em espírito e verdade.
E Paulo acrescenta que temos um altar.
A finalidade máxima dos templos de pedra é a de despertar-nos a consciência.
O cristão acordado, porém, caminha oficiando como sacerdote de si mesmo, glorificando o amor perante o ódio, a paz diante da discórdia, a serenidade à frente da perturbação, o bem à vista do mal.
Não olvidemos, pois, o altar íntimo que nos cabe consagrar ao Divino Poder e à Celeste Bondade.
Comparecer, ante os altares de pedra, de alma cerrada à luz e à inspiração do Mestre, é o mesmo que lançar um cofre impermeável de trevas à plena claridade solar. Se as ondas luminosas continuam sendo ondas luminosas, as sombras não se alteram igualmente.
Apresentemos, portanto, ao Senhor as nossas oferendas e sacrifícios em quotas abençoadas de amor ao próximo, adorando-o, através do altar do coração, e prossigamos no trabalho que nos cabe realizar.
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A IRRITAÇÃO
Ao sair do lar, defrontas os problemas da condução e do trânsito, na busca da tua oficina de trabalho.
Transportes abarrotados, pessoas rudes, multidões apressadas, violência pela disputa de lugares, ruas e avenidas movimentadas...
Transportes abarrotados, pessoas rudes, multidões apressadas, violência pela disputa de lugares, ruas e avenidas movimentadas...
Se chove, emperra o trânsito e as dificuldades se ampliam.
Se faz sol, o calor produz mal-estar e as reclamações promovem aborrecimento.
Se dispões de veículo próprio, não te podes mover conforme gostarias, pelas vias de acesso, em congestionamento crescente.
Todos têm que chegar a tempo.
O relógio não pára.
Os que se atrasaram pretendem recuperar os minutos perdidos
e atropelam os que estão ao lado ou à frente...
A irritação chega e se instala, perturbando-te e levando-te a competir também com os agressivos.
As buzinas produzem bulha, os semáforos te interrompem a marcha, e tudo parece estar contra os teus propósitos.
Mantém a calma.
Amanhã, propõe-te a sair de casa mais cedo.
A tranquilidade de todo um dia merece o teu investimento de alguns minutos.
Não te irrites, portanto, evitando os perigos da ira, que instala desequilíbrios graves que podes evitar.
Joanna de Ângelis;
Psicografia: Divaldo Franco;***
Livro: FONTE VIVA -158- Na ausência do amor - (Emmanuel/Chico Xavier)
“Mas aquele que aborrece a seu irmão está em trevas e
anda em trevas e não sabe para onde deva ir, porque as trevas lhe cegaram os
olhos.” – João. (1ª Epístola de João, 2:11.)
Se não sabes cultivar a verdadeira fraternidade, serás
atacado fatalmente pelo pessimismo, tanto quanto a terra seca sofrerá o acúmulo
de pó.
Tudo incomoda àquele que se recolhe à intransigência.
Os companheiros que fogem às tarefas do amor são
profundamente tristes pelo fel de intolerância com que se alimentam.
Convidados ao esforço de equipe, asseveram que os homens
respiram em bancarrota moral.
Trazidos ao culto da fé, supõem reconhecer, em toda parte, a
maldade e a desilusão.
Chamados à caridade, consideram nos irmãos de sofrimento
inimigos prováveis, afastando-se irritadiços.
Impelidos a essa ou àquela manifestação de contentamento,
recuam, desencantados, crendo surpreender maldade e lama nas menores exteriorizações
de beleza festiva.
Caminham no mundo entre a amargura e a desconfiança.
Não há carinho que lhes baste. Vampirizam criaturas por onde
estagiam, chorando, reclamando, lamentando...
Não possuem rumo certo. Declaram-se expulsos da sociedade e
da família.
É que, incapazes do amor ao próximo, jornadeiam pela Terra,
sob o pesado nevoeiro do egoísmo que nos detém tão-somente no círculo estreito
de nossas necessidades, sem qualquer expressão de respeito para com as
necessidades alheias.
***Livro: PÃO NOSSO - 103 - Cruz e Disciplina - (Emmanuel/Chico Xavier)
E constrangeram um certo Simão Cireneu, pai de Alexandre e de Rufo, que por ali passava, vindo do campo, a que levasse a cruz. – (Marcos, 15:21.)
Muitos estudiosos do Cristianismo combatem as recordações da cruz, alegando que as reminiscências do Calvário constituem indébita cultura de sofrimento.
Asseveram negativa a lembrança do Mestre, nas horas da crucificação, entre malfeito res vulgares.
Somos, porém, daqueles que preferem encarar todos os dias do Cristo por gloriosas jornadas e todos os seus minutos por divinas parcelas de seu ministério sagrado, ante as necessidades da alma humana.
Cada hora da presença dele, entre as criaturas, reveste-se de beleza particular e o instante do madeiro afrontoso está repleto de majestade simbólica.
Vários discípulos tecem comentários extensos, em derredor da cruz do Senhor, e costumam examinar com particularidades teóricas os madeiros imaginários que trazem consigo.
Entretanto, somente haverá tomado a cruz de redenção que lhe compete aquele que já alcançou o poder de negar a si mesmo, de modo a seguir nos passos do Divino Mestre.
Muita gente confunde disciplina com iluminação espiritual. Apenas depois de havermos concordado com o jugo suave de Jesus-Cristo, podemos alçar aos ombros a cruz que nos dotará de asas espirituais para a vida eterna.
Contra os argumentos, quase sempre ociosos, dos que ainda não compreenderam a sublimidade da cruz, vejamos o exemplo do Cireneu, nos momentos culminantes do Salvador. A cruz do Cristo foi a mais bela do mundo, no entanto, o homem que o ajuda não o faz por vontade própria e, sim, atendendo a requisição irresistível. E, ainda hoje, a maioria dos homens aceita as obrigações inerentes ao próprio dever, porque a isso é constrangida.
***
A virtude
Há alguns anos, conta o escritor Malba Tahan, uma pitoresca aldeia da Suíça foi destruída pelo fogo. Em poucas horas, as lindas casas foram devoradas pelas chamas. Tudo ficou reduzido a escombros.
Passado o furor do incêndio, um dos moradores ficou tomado de grande desespero. Sua casa estava por terra, totalmente destruída. Nada lhe havia sobrado. Nem roupas, nem móveis, sequer algumas paredes. Tudo jazia por terra.
Pior, das suas vacas, que eram o seu sustento, não havia rastro em lugar algum. Para cúmulo da desgraça, o seu filho, de apenas sete anos, estava desaparecido.
O pobre homem se pôs a chorar. Nenhuma palavra de conforto o podia acalmar. Sentou-se sobre as ruínas do seu lar e passou toda a noite tristemente.
Quando surgiu alegre e fagueira a madrugada, os primeiros raios de sol romperam as trevas e o vieram encontrar ainda ali, sentado, inconsolável. Parecia ter envelhecido dez anos, em apenas uma noite.
Então, um som bem conhecido o fez erguer a cabeça e olhar na direção de onde o vento lhe trazia a boa notícia. Lá estava ela, vindo pela estrada, a sua vaca favorita.
Atrás dela, todas as outras e, por fim, seu filho querido.
Correu, abraçou o menino, entre lágrimas de pura alegria.
Meu filho, perguntou, como você conseguiu escapar do incêndio?
Muito simples, falou a criança. Quando vi o fogo, tratei logo de reunir as vacas e as levei para o campo, bem distante, a fim de que nada sofressem.
Você é um herói, exclamou o pai.
Claro que não, afirmou o garoto. Herói é aquele que pratica algum ato de valor. Eu levei as vacas para o campo somente porque vi que elas estavam em perigo. Sabia que era a única coisa acertada a fazer.
* * *
Assim agem as pessoas verdadeiramente virtuosas. Não alardeiam suas virtudes, mas praticam o bem com desinteresse completo e inteiro esquecimento de si mesmas.
Deixam-se guiar por suas inspirações e estão sempre aptas a grandes gestos, em favor dos demais.
Não aguardam elogios e a sua é a satisfação de realizarem o melhor.
Os que assim agem, ignoram mesmo que são virtuosos. Neles se encontram as qualidades da verdadeira virtude: são bons, caritativos, laboriosos, sóbrios, modestos.
* * *
Toda virtude tem seu mérito próprio, ensinam os Espíritos Superiores, porque todas indicam progresso na senda do bem.
Há virtude sempre que há resistência voluntária ao arrastamento dos maus pendores.
A sublimidade da virtude, porém, está no sacrifício do interesse pessoal, pelo bem do próximo, sem pensamento oculto.
A mais meritória de todas elas, é aquela que se baseia na caridade mais desinteressada.
Redação do Momento Espírita, com base em lenda do livro Lendas do céu e da Terra, de Malba Tahan, ed. Conquista; no item 893 de O Livro dos Espíritos e no item 8, do cap. XVII de O Evangelho Segundo o Espiritismo, ambos de Allan Kardec, Ed. Feb. 2013.
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Do livro: JUSTIÇA DIVINA - 34 - Lugar depois da morte - (Emmanuel/Chico Xavier)
Muitas vezes perguntas, na Terra, para onde seguirás, quando a morte venha a surgir…
Anseias, decerto, a ilha do repouso ou o lar da união com aqueles que mais amas…
Sonhas o acesso à felicidade, à maneira da criança que suspira pelo colo materno…
Isso, porém, é fácil de conhecer.
Toda pessoa humana é aprendiz na escola da evolução, sob o uniforme da carne, constrangida ao cumprimento de certas obrigações:
nos compromissos do plano familiar;
nas responsabilidades da vida pública;
no campo dos negócios materiais;
na luta pelo próprio sustento…
O dever, no entanto, é impositivo da educação que nos obriga a parecer o que ainda não somos, para sermos, em liberdade, aquilo que realmente devemos ser.
Não olvides, assim, enobrecer e iluminar o tempo que te pertence.
Não nos propomos nivelar homens e animais; contudo, numa comparação reconhecidamente incompleta, imaginemos seres outros da natureza trazidos ao regime do Espírito encarnado na Esfera Física.
O cavalo atrelado ao carro, quando entregue ao descanso, corre à pastagem, onde se refocila na satisfação dos próprios impulsos.
A serpente, presa para cooperar na fabricação de soro antiofídico, se for libertada, desliza para a toca, onde reconstituirá o próprio veneno.
O corvo, detido para observações, quando solto, volve à imundície.
A abelha, retida em observação de apicultura, ao desembaraçar-se, torna, incontinenti, à colmeia e ao trabalho.
A andorinha engaiolada para estudo, tão logo se veja fora da grade, voa no rumo da primavera.
Se desejas saber quem és, observa o que pensas, quando estás sem ninguém; e se queres conhecer o lugar que te espera, depois da morte, examina o que fazes contigo mesmo nas horas livres.
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Do livro: VINHA DE LUZ - 133 - Casa espiritual - (Emmanuel / Chico Xavier)
“Vós, também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual.” - Pedro. (I Pedro, 2:5.)
Cada homem é uma casa espiritual que deve estar, por delibera-ção e esforço do morador, em contínua modificação para melhor.
Valendo-nos do símbolo, recordamos que existem casas ao abandono, caminhando para a ruína, e outras que se revelam sufocadas pela hera entrelaçada ou transformadas em redutos de seres traiçoeiros e venenosos da sombra; aparecem, de quando em quando, edificações relaxadas, cujos inquilinos jamais se animam a remover o lixo desprezível e observam-se as moradias fantasiosas, que ostentam fachada soberba com indisfarçável desorganização interior, tanto quanto as que se encontram penhoradas por hipote-cas de grande vulto, sendo justo acrescentar que são raras as resi-dências completamente livres, em constante renovação para me-lhor.
O aprendiz do Evangelho precisa, pois, refletir nas palavras de Simão Pedro, porque a lição de Jesus não deve ser tomada apenas como carícia embaladora e, sim, por material de construção e reconstrução da reforma integral da casa íntima.
Muita vez, é imprescindível que os alicerces de nosso santuário interior sejam abalados e renovados.
Cristo não é somente uma figuração filosófica ou religiosa nos altiplanos do pensamento universal. É também o restaurador da casa espiritual dos homens.
O cristão sem reforma interna dispõe apenas das plantas do ser-viço. O discípulo sincero, porém, é o trabalhador devotado que atinge a luz do Senhor, não em benefício de Jesus, mas, sobretudo, em favor de si mesmo.
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Do livro: VINHA DE LUZ. 127 - O teu dom - (Emmanuel / Chico Xavier).
"Não desprezes o dom que há em ti" - Paulo (I Timóteo, 4:14).
Em todos os setores de reorganização da fé cristã, nos quadros do Espiritismo contemporâneo, há sempre companheiros dominados por nocivas inquietações.
O problema da mediunidade, principalmente, é dos mais ventilados, esquecendo-se, não raro, o impositivo essencial do serviço.
Aquisições psíquicas não constituem realizações mecânicas.
É indispensável aplicar nobremente as bênçãos já recebidas, a fim de que possamos solicitar concessões novas.
Em toda parte, há insopitável ansiedade por recolher dons do Céu, sem nenhuma disposição sincera de espalhá-los, a benefício de todos, em nome do Divino Doador. Entretanto, o campo de lutas e experiências terrestres é a obra extensa do Cristo, dentro da qual a cada trabalhador se impõe certa particularidade de serviço.
Diariamente, haverá mais farta distribuição de luz espiritual em favor de quantos se utilizam da luz que já lhes foi concedida, no engrandecimento e na paz da comunidade.
Não é razoável, porém, conferir instrumentos novos a mãos ociosas, que entregam enxadas à ferrugem.
Recorda, pois, meu amigo, que podes ser o intermediário do Mestre, em qualquer parte.
Basta que compreendas a obrigação fundamental, no trabalho do bem, e atendas à Vontade do Senhor, agindo, incessantemente, na concretização dos Celestes Desígnios.
Não te aflijas, portanto, se ainda não recebeste a credencial para o intercâmbio direto com o plano invisível, sob o ponto de vista fenomênico. Se suspiras pela comunicação franca com os espíritos desencarnados, lembra-te de que também és um espírito imortal, temporariamente na Terra, com o dever de aplicar o sublime dom de servir que há em ti mesmo.
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Do livro: CAMINHO, VERDADE E VIDA. 107 - Vinda do Reino.
(Emmanuel / Chico Xavier)
“O reino de Deus não vem com aparência exterior.” — JESUS (Lucas, 17.20)
Os agrupamentos religiosos no mundo permanecem, quase sempre, preocupados pelas conversões alheias. Os crentes mais entusiastas anseiam por transformar as concepções dos amigos. 2 Em vista disso, em toda parte somos defrontados por irmãos aflitos pela dilatação do proselitismo em seus círculos de estudo.
Semelhante atividade nem sempre é útil, porquanto, em muitas ocasiões, pode perturbar elevados projetos em realização.
Afirma Jesus que o Reino de Deus não vem com aparência exterior. 5 É sempre ruinosa a preocupação por demonstrar pompas e números vaidosamente, nos grupos da fé. Expressões transitórias de poder humano não atestam o Reino de Deus. 6 A realização divina começará do íntimo das criaturas, constituindo gloriosa luz do templo interno. 7 Não surge à comum apreciação, porque a maioria dos homens transitam semicegos, através do túnel da carne, sepultando os erros do passado culposo.
A carne é digna e venerável, pois é vaso de purificação, recebendo-nos para o resgate preciso; entretanto, para os Espíritos redimidos significa “morte” ou “transformação permanente”. 9 O homem carnal, em vista das circunstâncias que lhe governam o esforço, pode ver somente o que está “morto” ou aquilo que “vai morrer”. 10 O Reino de Deus, porém, divino e imortal, escapa naturalmente à visão dos humanos.
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PRECE DO AMOR.
“Como estiveres agora, nosso bom Deus te guarde.
Como estiveres pensando, nosso bom Deus te use.
Onde te encontres na vida, que Deus te ilumine.
Com quem estejas seguindo, nosso senhor te guie.
No que fizeres tu, peço ao bom Deus que possa te amparar.
Em cada passo teu a mão de Deus virá te abençoar.”
(Chico Xavier-Emmanuel)
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Do livro: FLUIDOS DE LUZ - Ensinamentos de Bezerra de Menezes - Editora elevação.
Rogo, em minhas preces, diariamente, para que todos perseverem e entendam a gravidade de seus compromissos assumidos, no campo da Espiritualidade, na ajuda da transformação do nosso imenso País e de toda a Humanidade.
Quando oramos, trazemos do plano mais alto as intuições necessárias para o trabalho e a vigilância.
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PRESENÇA DE JESUS.
Somente um profundo estudo psicológico pode permitir o entendimento real, em torno do significado extraordinário da presença de Jesus, nos diferentes lugares, durante seu messianato. O Ser transcendente que é, exteriorizava-se com uma força inexcedível, penetrando tudo e todos, de forma que, ao senti-LO, de imediato dava-se uma incomum transformação naqueles que O encontravam.
Ninguém que tivesse qualquer tipo de contato com Ele, permanecia como antes. Poderia até mesmo detestá-LO, normalmente amá-LO, jamais, porém, permanecer-lhe, indiferente. Os Espíritos infelizes sentiam-nO a distância e gritavam estentóricos: – Eu sei quem Tu és – conforme explodiu, na sinagoga, por ele visitada, uma entidade perversa que ele silenciou, porque ainda não era chegado o momento de desvelar-se.
Noutro ensejo, ao atravessar um antigo cemitério em Gadara, de uma das sepulturas levantou-se um obsesso e, fazendo-o estertorar, o ser que nele se agitava interrogou: – Jesus de Nazaré, que tens Tu contra nós? Ninguém O conhecia naquelas paragens, nem mesmo sabia que lá se encontrava. Penetrando o ser hediondo, Ele o expulsou da sua vítima com acendrada misericórdia, restituindo ao enfermo o bem-estar e a paz. Nada havia que lhe constituísse obstáculo ao ministério de amor.
Com autoridade, enfrentou a fúria dos ventos e a agitação das ondas do mar da Galiléia, lecionando confiança irrestrita em Deus, em todas e quaisquer situações. Multiplicou os pães e os peixes, utilizando-se dos recursos transcendentais da natureza, ocultos ao conhecimento da época, sem alarde, com naturalidade.
Enfrentou a bazófia e a hipocrisia dos sacerdotes, dos saduceus, dos fariseus e de todos aqueles que O invejavam e O perseguiam, corajosamente, sem descer-lhes aos níveis de miserabilidade humana…
Abraçou a causa dos infelizes e dos excluídos com elevação, sem pieguismo nem receio de qualquer expressão, erguendo a voz para demonstrar que todos são filhos do mesmo Pai, embora as infelizes convenções humanas.
Sempre se manteve ativo, jamais escusando-se ao trabalho e à vivencia do amor, dinamizando o serviço em favor do bem como única e exclusiva técnica para a felicidade. Ímpar conhecedor da psique humana, nunca se utilizou da Sua elevação para criar qualquer tipo de embaraço para os amigos que O buscavam.
Absolutamente consciente da sua missão, aceitou somente o título de Mestre, porque em verdade o é. As criancinhas eram atraídas ao seu regaço com encantamento, enquanto os velhinhos, enfermos e atormentados nEle encontravam, amparo, ternura, renovação, entusiasmo e forças para o prosseguimento da existência. Nunca mais, na Terra, se encontrará alguém que lhe seja equiparado!
A sua presença fez-se mais significativa, no momento em que se levantou no monte, defronte do mar gentil, de águas como um espelho refletindo o céu azul turquesa, entoou o incomparável hino das bem-aventuranças…
A voz, com modulação especial, cantou a sinfonia de bênçãos que modificaria todos os conceitos éticos vigentes, diante da meridiana luz do amor, conclamando à justiça, à misericórdia, à humildade, à compaixão, à verdade…
Os pobres, os esquecidos, os humilhados, os perseguidos, os vencidos, os desrespeitados e todos aqueles que eram considerados como sendo a borra da sociedade hipócrita poderiam respirar com alegria e ser felizes, a partir de então, se se resolvessem por tornar-se herdeiros do reino de Deus, cujas dimensões se encontram no coração.
Não mais se ouviria nada igual nos dias do futuro, como dantes nunca se escutara nada parecido. A Sua majestade esplendorosa, ante a turbamulta, destacava-se emoldurada de luz, esparzindo Sua presença por todo lado, alcançando mesmo aqueles que se encontravam fisicamente mais distantes, no cenário extraordinário da Natureza.
Não foi necessário gritar, gesticular nervosamente, impor silêncio, para fazer-se ouvido. Enquanto os ventos suaves carreavam os doces perfumes da hora crepuscular, Sua voz macia e quente, aveludada e compassiva alcançava todas as mentes e corações, impregnando-os com a Mensagem que ficaria imortalizada nos tempos do futuro. Nunca te afastes de Jesus!
Mesmo que te distancies por capricho, desequilíbrio e aflição, a Sua irradiação estará em torno de ti, envolvendo-te, até que te conscientizes de absorvê-la. Nessa sublime energia encontrarás reforço para as lutas, paz para as tribulações, esperança para os momentos difíceis, amor para repartires com todos, inclusive com aqueles que se te inimizaram e tentam criar embaraços para teu avanço na conquista da luz.
Abre-te, portanto, às Suas lições, empenhando-te por insculpí-las no imo, vinculando-te por definitivo a Ele. Já foste chamado para o Seu ministério, mais de uma vez, e preferiste a loucura do prazer, afastando-te do caminho renovador, sem que Ele jamais se distanciasse de ti.
Agora, encontras-te novamente convidado para o serviço de auto-iluminação. Não postergues a decisão de ser feliz. O tempo urge e, enganado pelas utopias existenciais, quando te deres conta, no crepúsculo do corpo, já não disporás de recursos para a reconquista das horas perdidas…
Pensa em Jesus, sempre que te encontres indeciso ou em sofrimento. Liga-te a Jesus, quando experimentares solidão e abandono, recordando-te que Ele é o amigo daqueles que não têm amigos. Refugia-te em Jesus, toda vez que necessitares de um abrigo, de um regaço para reflexão e prece. Ele é o recanto seguro para todas as circunstancias, especialmente as graves e angustiantes. A presença de Jesus é a Luz do mundo, que o mundo não tem sabido aproveitar, recusando-a em favor da sombra que permanece dominadora.
– Eu estarei convosco até o fim dos tempos… Ele afirmou, e as suas palavras não passam. Recorda os conquistadores de um dia na Terra, de que a morte interrompeu o curso das vitórias mentirosas e que permanecem esquecidos, quando não detestados e vencidos. Observa os dominadores destes dias e pensa que também eles não serão poupados pelas enfermidades, pelos ódios e pela morte que os arrebatará a todos, conduzindo somente o que realizaram e não o que acumularam na alucinação da posse.
A irradiação que deles se exterioriza provoca temor, ressentimento, ódio ou interesses imediatistas e subalternos. Com Jesus é diferente! Ama-O, pois, e deixa-O conduzir- te pelo caminho da liberdade no rumo de Deus.
Reformador. Dezembro de 2007. Ano 125. Número: 2. 145. (Página psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, ditada pelo Espírito Joanna de Ângelis, na manhã do dia 21 de julho de 2007, na residência do Dr. Epaminondas Corrêa e Silva, em Paramirim, Bahia.